quarta-feira, 7 de maio de 2008

Obra de Lourdes Nicácio foi apreciada na Livraria Cultura


Em concorrido evento no dia 28/04, a obra da escritora e editora da Novo Horizonte, Lourdes Nicácio, foi homenageada na livraria Cultura dentro do programa “A cultura e a arte em Pernambuco”, desenvolvido pela União Brasileira de Escritores de Pernambuco (UBE/PE). A obra de Lourdes Nicácio foi apreciada pelos escritores, jornalistas e acadêmicos Cyl Gallindo e Lourdes Sarmento. A homenagem contou, ainda, com depoimento da professora Ana Prosini e declamação de poemas da autora por Geninha da Rosa Borges e Carlos Cavalcanti.


“Tenho um relativo conhecimento da batalha de Lourdes Nicácio, poetisa e professora, no sentido de promover a cultura em Pernambuco. Desde que deixou a sua Belém do São Francisco, muito jovem ainda, para cursar Letras na Paraíba e depois fazer Pós-graduação em Pernambuco. Até os dias de hoje expõe uma bagagem considerável de 10 livros publicados e participação num outro tanto de antologias, sua marcha tem sido irredutível”, afirma o escritor e jornalista Cyl Gallindo.

A professora Ana Prosini Coordenadora Pedagógica de Língua Portuguesa das Secretarias de Educação do Estado e da Prefeitura, deu pareceres de vários livros, dentre os quais os de Lourdes Nicácio. “Do que adianta o professor de geografia falar sobre o Rio São Francisco e não colocar o aluno em contato com o que se passa às margens desse rio? As plantações, as lendas, a pescaria, o pôr-do-sol, as lavadeiras, a barragem? Assuntos tratados em o Rio, Canabrava e os Homens da autora aqui homenageada. Por esses e outros fatos que sempre dei parecer favorável aos livros de Lourdes Nicácio pois eles os mostram sob a ótica da sinceridade da autora. Hoje sua obra é adotada nas escolas da prefeitura, do Estado, colégios particulares e até na universidade”, enfoca Ana Prosini.

“Lourdes é uma escritora plural, positiva e confiante no que faz. Sua sensibilidade nordestina e sertaneja deambula pelas regiões longínquas. O Sertão emoldurado pela alma de Lourdes Nicácio que mesmo bebendo a dulcíssima água do Velho Chico, sente nos lábios camponeses o ressecamento da poeira tórrida do carrascais adustos. Os olhos da poetisa têm o poder da medição ambiental e o sentimento antropológico das duas faces constantes da região do Pajeú”, relata o escritor Carlos Severiano Cavalcanti.

Durante a homenagem, a escritora também fez uma retrospectiva de toda a sua trajetória na área da literatura. “Nesta noite, sento-me à margem do rio que muito me ensinou com o seu trabalho de ir, apenas ir, apenas ir, apenas ir. Com ele, que também representa o seu próprio povo, aprendi a ler escrituras e não acreditar em mapas ou heróis que não sejam norteados pelo amor, a coragem, a dignidade. O São Francisco, na fazenda Canabrava, não é mais aquele cordão ou longo corpo que se espreguiçava entre lençóis de capim. Virou lago. Conseqüência da barragem de Itaparica. Mas o São Francisco é o meu rio de infância – canto, vida, claridade em mim”, conclui a homenageada Lourdes Nicácio.

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